Artigo que foi escrito especialmente para o Blog: http://aborigine42.blogspot.com.br/
Por: Melissa Tobias
Nazca é uma província
do Peru, famosa pelas suas marcas e desenhos no deserto, chamados geoglifos. As
linhas de Nazca foram criadas retirando a camada negra superior de sedimentos
oxidados do deserto, expondo a superfície baixa de cor mais clara. As condições
climáticas do deserto favorece a preservação dos geoglifos. Segundo arqueólogos
as linhas foram criadas pelo antigo povo Nazca, ancestrais da civilização Inca,
que viveram entre os séculos I e VIII dc. Segundo a lenda daquele povo, as
linhas foram criadas pelo deus inca Viracocha.
No deserto de Pampa,
onde se localiza as linhas de Nazca, se estende por 525 quilômetros quadrado, e
possui cerca de 200 figuras, compreendendo pássaros, algumas baleias, um
macaco, uma aranha, uma provável raposa ou um lama, algumas plantas, diagramas
matemáticos e o famoso “El Astronauta”.
O maior geoglifo de
Nazca tem mais de 3.000 metros de comprimento, e sua forma só pode ser vista de
no mínimo por 300 metros de altitudes - apenas do céu - e foram criados numa
época que não existiam aviões, e segundo o pesquisador, Jim Woodmann, acredita que
as linhas de Nazca não poderiam ter sido feitas sem alguma forma de voo
tripulado.
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Desde sua descoberta,
as Linhas de Nazca tem inspirado explicações fantásticas a respeito dos deuses
antigos, que ganhou grande repercussão com os livros: “Eram os Deuses
Astronautas?”, em 1968 e “O Retorno dos Deuses”, em 1998, do suíço Erich von
Däniken, que diz que uma pista de pouso foi construída para o regresso dos
deuses, e que os geoglifos também seria um calendário celestial criado pela
antiga civilização de Nazca. Porém, em março de 2005, o próprio Däniken em
entrevista para Alexander Thoele, do site Swissinfo, demonstrou que estaria
voltando atrás em suas convicções. Disse ele: “Isso é besteira, pois essas
construções foram sempre obras de seres humanos! A pergunta que eu levanto é de
outra natureza: eu gostaria de saber por que esses povos construíram templos
gigantescos ou pirâmides. Se me respondem – foi por causa dos deuses – eu quero
saber: que tipo de deuses?”.
Alguns pesquisadores
americanos mediram o campo magnético sob algumas das linhas de Nazca e também a
condutividade elétrica ao longo de algumas das linhas. A condutividade elétrica
era 8.000 vezes superior sob as linhas. E também descobriram que abaixo de uma
das linhas, o campo magnético mudava completamente. O resultado foi que existe
alguma coisa sobre e abaixo de tais geoglifos, mas não sabemos o que é.
Dezenas de hipóteses
já foram formuladas para tentar desvendar os mistérios das linhas de Nazca.
Citarei três hipóteses que julguei interessantes:
As figuras
geométricas formariam um gigantesco calendário astronômico. As linhas
constituem os solstícios, as posições e mudanças das estrelas, associado aos
signos do zodíaco.
Influência da
astronomia Maia: existe similaridade entre as ruínas de Izapa, no Iucatã e as
linhas de Nazca, o que poderia indicar esta influência.
Local sagrado para
realizar cerimônias de magia, devido uma singular energia no local.
Pesquisas indicam que
as linhas de Nazca parecem apontar para oeste da Bolívia, onde ficam as antigas
ruinas de Tiahuanaco, uma civilização que floresceu a mais de um milênio atrás
perto do misterioso Lago Titicaca, e a lenda diz que foi deste lago que saiu o
primeiro Inca, o filho do Sol. Segundo a lenda, Tiahuanaco foi criada como um
tributo aos chamados “povo do céu”, sob o comando do deus inca Viracocha, o
mesmo do povo Nazca.
Nesta região foram
encontrados crânios alongados. Estes crânios tem capacidade 25% maior que o
crânio humano.
O mistério não acaba por aqui.
Em 1982, o arqueólogo italiano, Dr. Giuseppe Orefici diretor da missão
“Projeto Nazca” descobriu as ruinas da antiga e mítica cidade oculta de
Cahuachi há apenas 100 metros de distancia das linhas de Nazca. O “Projeto
Nazca” retirou das ruinas da Cidade de Cahuachi ossos e múmias dos antigos
habitantes que possuíam os crânios alongados, semelhantes a alguns
encontrados em escavações no mundo todo, como os achados em Tiahuanaco e no
Egito antigo.
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Cahuachi significa
"lugar onde vivem médiuns". E foi um dos centros religiosos mais
antigos da América há aproximadamente 300 anos antes de Cristo.
Várias pirâmides e
templos já foram escavadas de Cahuachi. Entre eles os mais significativos são:
“A Grande Pirâmide”, medindo 28 m de altura, onde os arqueólogos encontraram um
depósito de 200 artefatos têxteis, muitos deles pintados à mão, o que é uma
raridade na cultura Nazca porque, até agora, só se conheciam têxteis bordados.
E o "Grande Templo" que, de acordo com estimativas dos arqueólogos, a
edificação tem 150 metros de comprimento e 20 m de altura. Nesse local se
realizavam as principais cerimônias de Teúrgia ou Alta Magia, que foram feitas
pela importante casta sacerdotal da cultura Nazca.
Segundo a lenda,
Cahuachi e Tiahuanaco foram misteriosamente abandonadas na mesma época.
Em Pleasant Hill,
Ohio, foi vista do céu em 1948 uma gigante serpente; uma tumba construídas a
quase mil anos pelos índios locais. Como as linhas de Nazca, esta serpente
só pode ser vista do céu. Com 106 metros de comprimento, com a forma de uma
cobra enrolada, é conhecida como “tumulo da serpente” ou conhecida pelos
astecas como a Serpente Emplumada ou Quetzalcóatl. Segundo a lenda asteca, a
Serpente Emplumada veio de céu. O “tumulo da serpente” era um local de adoração
e foi criada na beira da cratera de um meteoro. O meteoro que lá caiu possuía
muito da substância iridium (Ir), um dos mais raros elementos que existem,
poderosa fonte de energia. Na “tumba da serpente” também ocorrem anomalias
magnéticas e gravitacionais como nas linhas de Nazca. Estas alterações podem
até afetar a consciência humana.
Do lado oposto do
planeta: Arábia Saudita, Jordania e Siria, também encontramos geóglifos
antigos, talhados de pedras criados a mais de dois mil anos, com 24 a 60 metros
de diâmetros.
Mas não precisa ir
tão longe para ver bem de perto geóglifos. Já foram descobertos 308 geoglifos
próximos à divisa do Acre com o Amazonas — grandes figuras feitas no chão por
povos antigos. Os geoglifos da região amazônica se tornaram visíveis depois da
derrubada de árvores. E é muito provável que exista muitas outras figuras e
mistérios escondidos na farta floresta Amazônica.
Estes são apenas
alguns exemplos, existem geoglifos antigos como de Nazca que só podem ser
vistos do céu em todo o mundo. Muitos deles.
Extraído do livro
“Serpente de Luz” de Drunvalo Melchizedek, segue um relato de um Xamã Inca
sobre a lenda Nazca que vem sendo passada de geração para geração:
“Muito tempo atrás,
há mais de 500 anos, Cahuachi era uma grande cidade com uma grande quantidade
de pirâmides e templos. Era uma cidade moderna, poderosa, muito respeitada em
toda região.
Mas os conquistadores
espanhóis estavam prestes a descobrir a cidade e o povo sabia que Cahuachi
seria dominada. Então os xamãs e sacerdotes se reuniram para encontrar uma
maneira de salvar a cidade. Concluíram que ela não poderia ser salva naquela
ocasião, por isso os santos rezaram para que o vento os ajudasse. Eles pediram
que o vento soterrasse Cahuachi na areia para que os conquistadores não
encontrassem essa bela cidade.
A apenas 100 metros
de distância, do outro lado do rio, estão as linhas de Nazca. Elas são a razão
por que Cahuachi foi construída nesse local. Era um lugar onde iam pessoas de
todos os lugares para sentir a energia das linhas de Nazca. Ela era considerada
uma cidade sagrada.
Então, quando os
xamãs e os sacerdotes rezaram para o vento, pediram-lhe para não tocar nas
linhas de Nazca, do outro lado do rio. E também pediram em oração que num
futuro distante a cidade fosse escavada no momento certo da história para
trazer de volta o conhecimento, a sabedoria e a experiência dos incas para os
membros desse povo que estivessem vivos na época. Eles sabiam então que essa
cidade revelaria um conhecimento especial que ajudaria o mundo inteiro.
Os xamãs e sacerdotes
prepararam altares nos templos e pirâmides com objetos sagrados em padrões, de
modo que, quando a cidade fosse redescoberta no futuro, os seus irmãos e irmãs
incas soubessem, ao ver e guardar os objetos, que tinham deixado para eles, e
se lembrariam do seu conhecimento, sabedoria e entendimento antigos.
E então o vento
começou a soprar e carregar a areia. A tempestade durou semanas, e no final,
toda a cidade de Cahuachi estava completamente enterrada na areia, a uma
profundidade de mais de 20 metros acima da pirâmide mais alta. Mas, na outra
margem do rio, a não mais de 100 metros de uma das pirâmides, nenhum grão de
areia cobriu as linhas de Nazca. A partir deste dia, as pirâmides ficaram
intactas e perfeitas, mas a cidade em si foi varrida da memória da humanidade.”
Minha conclusão:
Aparentemente, o que
falta na maioria dos pesquisadores é a mediunidade; a sensibilidade dos
índios. Talvez esta seja a chave para decifrar tais mistérios do passado da
humanidade: a integração entre pensamento analítico científico com a sensibilidade
mediúnica feminina perdida no inicio da era “Kaliuga” (Era das Trevas) como
escrito nos Vedas.
Segundo Rudolf
Steiner, o “pai” da antroposofia, o planeta Terra é um ser vivo, um ser
consciente feminino que dorme um sono profundo e sonha. Para a grande maioria
das tribos indígenas de todo o mundo, o planeta é idolatrado como uma
divindade, chamado carinhosamente como Mãe ou Deusa.
Acredito que os povos
antigos tinham o conhecimento de que o planeta é um ser vivo, e como tal, tem
que ser cuidado para não adoecer. Tinham conhecimento da simbiose que existe
entre o planeta e seus habitantes, que nossa saúde depende da saúde de nossa
Terra. Sabiam a importância em manter o planeta saudável para o bem de toda a
vida que este planeta sustenta.
Medicinas milenares
como a Medicina Tradicional Chinesa e Ayurveda (escrita pelo deus Dhanvantari),
nos ensinam que todo ser vivo possui pontos no corpo por onde o fluxo da
substancia essencial da vida flui. A obstrução de um ponto leva o ser a
adoecer, e a cura está em estimular (acupuntura, marmas...) tais pontos. Todo
ser vivo precisa ser cuidado para a manutenção da saúde. Nestas medicinas
milenares, a pessoa não procurava o médico somente quando adoecia, tinham que
ser cuidada regularmente para não adoecer. O mesmo ocorre com o nosso planeta,
a Terra possui chackas, poderosos vórtices de energia e pontos menores por onde
o fluxo da substancia essencial passa.
Em minha opinião,
estes antigos locais sagrados, geogrifos, templos e pirâmides, foram construídos
para a manutenção da saúde da Terra e consequentemente para nosso bem.
Funcionam como a acupuntura, estabilizando ou desobstruindo canais doentes.
Depois de estudar
milenares textos védicos, encontrei fortes indícios de que os deuses que voavam
em vinamas e visitavam humanos no passado eram, na verdade,
extraterrestres.
Seria pretenciosa e
ilusória a ideia de que somos o foco principal de interesses extraterrestres.
Somos apenas uma pequena parte do planeta, e obviamente, para seres evoluídos, seria
a Terra como toda um alvo de grande interesse. Os antigos “deuses”, sabendo que
a Terra passaria por uma era de ignorância, deixou nela templos, pirâmides e
geoglifos como terapia holística, para manutenção da saúde do planeta.
Os crop
circles me lembram a terapia dos mantras e yantras escritas
no “Ashtanga Hridayam” pelo semi-deus Vagbhat. Parecem funcionar exatamente
como sagradas geometrias usadas como cura. Mas no caso dos crop circles,
este seria uma terapia planetária. Osmantras e yantras não
necessitam estar em pontos de fluxo deprana, bastam ser pintadas na pele
ou admiradas em meditação para o processo de cura ocorrer. Acredito que os crop
circles nada tenha haver diretamente com os humanos. Crop
circles parece muito um tratamento holístico oferecido ao planeta, bem
como as linhas de Nazca.
“Abençoado seja o
filho da Luz que conhece sua Mãe Terra, pois ela é a doadora da vida. Saibas
que tua Mãe Terra está em ti, e tu estás nela.” (Frase de um velho
Xamã)
Melissa Tobias
Naturóloga e Autora
do livro “A Realidade de Madhu” que será lançado em Setembro de 2014
pela Editora Novo Século.
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