quarta-feira, 24 de setembro de 2014

Por que gostei tanto da capa de "A realidade de Madhu"?

 

   Primeiro, porque foi uma surpresa e tanto. Não é nada do que eu pensei. Imaginei que fosse ser uma capa com um toque feminino, como as capas de YA  - para adolescentes e jovens mulheres.
   A capa de ”A realidade de Madhu” é o oposto do que imaginei, é uma típica capa que representa bem o gênero ficção cientifica (FC). E isso me deixou extasiada. É algo raro no Brasil autora brasileira – mulher – publicar ficção científica em uma grande editora brasileira.
   A primeira mulher que publicar FC no Brasil foi Dinah Silveira de Queiroz, que escreveu “Eles herdarão a Terra” nos anos 70. Desde então, são raríssimas as aparições femininas no gênero dominado pelos homens. Não vejo preconceito no sentido de que homens não aceitam mulher escrevendo FC. Mas ainda persiste o estereótipo que FC é “universo” masculino. Compreensível, já que homens utilizam mais o hemisfério esquerdo do cérebro que é responsável pelo comportamento lógico – isso justifica a paixão masculina por carros, tecnologias e FC. Enquanto mulheres utilizam mais o hemisfério cerebral direito, responsável pela criatividade e intuição.
   O interessante em toda esta história, é que a trama A realidade de Madhu se baseia na criação de uma nova realidade que seria a integração das polaridades. E a obra em si, integra as polaridades. Eu diria que A realidade de Madhu, está num equilíbrio perfeito entre hemisfério esquerdo e direito. Agradará ambos os sexos.
   Nunca tive a pretensão de escrever um livro, nunca tive o “sonho” de escrever um livro para agradar meu ego. A obra surgiu de forma tão espontânea e natural... tinha que ser! “A realidade de Madhu” é uma obra artística, saiu do meu coração de forma natural, sem nenhum interesse financeiro e egoísta por trás. Saiu porque tinha que sair. Tive um sonho incrível, escrevi para que a história não se perdesse com a péssima memória que tenho, e isso, virou um livro.
   Acredito que nada é por acaso, A realidade de Madhu não podia mais continuar escondida no inconsciente coletivo - representações mitológicas ficam armazenadas no inconsciente coletivo (a caixa de Pandora), estas criações fictícias tem o objetivo de integrar o inconsciente com o consciente produzindo o crescimento do homem. Como disse Picasso: “A arte é uma mentira que revela a verdade”.

“[...] – É perigoso, ainda não está preparada para a verdade. Só estará quando começar a vê-la com seu coração. Se lhe disser sem que esteja devidamente preparada, o medo tomará conta de seu coração e todo o nosso trabalho terá sido em vão. [...]”
(A realidade de Madhu)

   A verdade nua e crua é indigesta. A arte é um caminho prazeroso para se chegar até a verdade.

Quero deixar claro que o livro A realidade de Madhu é uma FICÇÃO! Uma ficção científica que tanto meninos como meninas irão amar! 

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