Primeiro, porque foi uma surpresa e tanto. Não é nada do que
eu pensei. Imaginei que fosse ser uma capa com um toque feminino, como as capas
de YA - para adolescentes e jovens
mulheres.
A capa de ”A realidade de Madhu” é o oposto do que imaginei,
é uma típica capa que representa bem o gênero ficção cientifica (FC). E isso me
deixou extasiada. É algo raro no Brasil autora brasileira – mulher – publicar ficção científica em uma
grande editora brasileira.
A primeira mulher que publicar FC no Brasil foi Dinah
Silveira de Queiroz, que escreveu “Eles herdarão a Terra” nos anos 70. Desde
então, são raríssimas as aparições femininas no gênero dominado pelos homens. Não
vejo preconceito no sentido de que homens não aceitam mulher escrevendo FC. Mas
ainda persiste o estereótipo que FC é “universo” masculino. Compreensível, já
que homens utilizam mais o hemisfério esquerdo do cérebro que é responsável
pelo comportamento lógico – isso justifica a paixão masculina por carros,
tecnologias e FC. Enquanto mulheres utilizam mais o hemisfério cerebral
direito, responsável pela criatividade e intuição.
O interessante em toda esta história, é que a trama A realidade de Madhu se baseia na
criação de uma nova realidade que seria a integração das polaridades. E a obra
em si, integra as polaridades. Eu diria que A
realidade de Madhu, está num equilíbrio perfeito entre hemisfério esquerdo
e direito. Agradará ambos os sexos.
Nunca tive a pretensão de escrever um livro, nunca tive o
“sonho” de escrever um livro para agradar meu ego. A obra surgiu de forma tão
espontânea e natural... tinha que ser! “A realidade de Madhu” é uma obra
artística, saiu do meu coração de forma natural, sem nenhum interesse
financeiro e egoísta por trás. Saiu porque tinha que sair. Tive um sonho
incrível, escrevi para que a história não se perdesse com a péssima memória que
tenho, e isso, virou um livro.
Acredito que nada é por acaso, A realidade de Madhu não podia mais continuar escondida no inconsciente
coletivo - representações mitológicas ficam armazenadas no inconsciente
coletivo (a caixa de Pandora), estas criações fictícias tem o objetivo de
integrar o inconsciente com o consciente produzindo o crescimento do homem.
Como disse Picasso: “A arte é uma mentira que revela a verdade”.
“[...] – É perigoso, ainda não está preparada para a verdade. Só estará
quando começar a vê-la com seu coração. Se lhe disser sem que esteja devidamente
preparada, o medo tomará conta de seu coração e todo o nosso trabalho terá sido
em vão. [...]”
(A realidade de
Madhu)
A verdade nua e crua é indigesta. A arte é um caminho
prazeroso para se chegar até a verdade.
Quero deixar claro que o livro A realidade de Madhu é uma FICÇÃO! Uma ficção científica que tanto
meninos como meninas irão amar!
Nenhum comentário:
Postar um comentário